Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi e outras nove pessoas morreram; crianças estavam a bordo
Em uma coletiva de imprensa realizada em Gramado (RS), o governador do estado gaúcho, Eduardo Leite, acompanhado de demais autoridades, confirmou que o acidente aéreo deste domingo (22) matou 10 pessoas, todas de uma mesma família.
O avião pertencia ao empresário Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, de 61 anos, que pilotava a aeronave. Ele, sua esposa, três filhos do casal, a irmã, o cunhado, a sogra e duas crianças estavam a bordo quando o turboélice decolou do aeródromo de Canela (RS) por volta das 9 horas, vindo a cair exatamente às 9h13 na Avenida das Hortênsias, na região central de Gramado.
Segundo abordado na coletiva de imprensa, as condições para voos na região não eram favoráveis, mas a causa oficial do acidente é investigada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que está pelo local dos destroços apurando evidências.
Além dos 10 mortos, o acidente deixou 17 pessoas feridas - cinco já foram liberadas do hospital. A maioria dos machucados estava tomando café da manhã em uma pousada, que foi atingida por destroços e chamas do acidente. Duas estão em estado grave, sendo que uma delas, uma senhora de 54 anos, precisou ser transferida para um hospital em Porto Alegre (RS) com 60% do corpo queimado.
O avião teria caído a cerca de 30 metros de um posto de combustíveis, onde pelo menos uma pessoa também se feriu. No momento do acidente, houve grande preocupação das forças de segurança em interditar o perímetro ao redor do acidente.
Uma nota oficial do Governo do Estado do Rio Grande do Sul confirmou que o avião colidiu na chaminé de um prédio, depois no segundo andar de uma residência e, então, caiu sobre uma loja de móveis, além de atingir a pousada.
A Polícia Civil ainda deve oficializar o nome e idade de todas as vítimas, mas imagens do aeródromo confirmam que se tratava dos familiares de Galeazzi, além do próprio empresário.
Ao longo do dia, a Rádio Gaúcha ainda levantou a informação de que os aeródromos nem sempre dispõem de torres de controle, o que significa que o piloto da aeronave tem autonomia para decidir se decola ou não.
A aeronave de prefixo PR-NDN também foi fabricada na década de 1990, o que indica que não deve contar com a caixa-preta, dispositivo que registra informações sobre um voo, como conversas na cabine e dados técnicos.
Inicialmente, informações indicavam que o voo tinha como destino a capital Florianópolis, mas, por meio de uma nota oficial, a Infraero confirmou que a aeronave deveria pousar em São Paulo.
Devido à tragédia, o tradicional desfile "Natal Luz" foi suspenso neste domingo na cidade de Gramado.
Família Galeazzi
Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi era filho de Claudio Galeazzi, que possuía uma empresa especializada em recolocar companhias de volta à eficiência e, por vezes, as livrando da falência.
Ele ficou conhecido por atuar em crises de empresas como Pão de Açúcar, BRF, Americanas, Grupo Estado, entre outras. Após a morte do pai, em 2023, Luiz assumiu os negócios e se tornou CEO da Galeazzi & Associados.
A tragédia deste domingo não foi a única envolvendo aviões dos Galeazzi. Em 2010, Maria Leonor Salgueiro Galeazzi, mãe do CEO, também faleceu em um acidente aéreo.
Na época, ela tinha 69 anos e era a única passageira da aeronave, na qual ela e o piloto morreram na hora. O avião em questão que caiu em Iperó, região de Sorocaba (SP), também era de propriedade do seu filho, Luiz Galeazzi, assim como a aeronave que caiu na Serra Gaúcha neste domingo.
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