O amor não é esse carnaval permanente que vendem por aí, cheio de fogos de artifício e noites de tirar o fôlego. Isso é começo, é faísca, é arrebatamento. Amor mesmo é aquilo que sobra quando o encanto já foi testado pela rotina.
É ficar quando o dia é entediante, quando não há surpresas nem euforia, quando a conversa não rende e o silêncio pesa. É ouvir mesmo quando as palavras chegam tortas, desalinhadas, cheias de ruídos. É não desistir só porque não está perfeito — porque nunca será.
Amar é uma escolha diária, um pacto silencioso que se renova mesmo em dias ruins. É saber que a companhia vale mais do que o enredo do momento. É segurar firme a mão do outro mesmo quando tudo parece escorregar.
Porque no fim, o amor não é feito apenas de picos, mas de permanências. Não é só sobre se arrepiar, mas sobre se acalmar. Não é só sobre se perder, mas principalmente sobre se encontrar — um no outro — vez após vez.
Receba outras colunas direto em seu WhatsApp. Clique aqui.