Segundo denúncia, ele exigia vantagens indevidas de funcionários da Fundação Irmã Vera
Um ex-funcionário público municipal foi condenado a quase nove anos de prisão por crimes de rachadinha e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, em Laguna.
A sentença é resultado de uma apuração conduzida pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil de Laguna ao longo de 2024.
O caso veio à tona após denúncias de que o acusado exigia vantagens indevidas de funcionários da Fundação Irmã Vera, aproveitando-se da vulnerabilidade social e econômica das vítimas.
As investigações revelaram um esquema de "rachadinha", no qual o servidor público abusava de sua posição para extorquir parte dos salários dos trabalhadores.
O acusado era coordenador administrativo do Programa Frente de Trabalho da entidade filantrópica sem fins lucrativos. O investigado teria passado a exigir, como condição para a manutenção do vínculo dos bolsistas, indevida vantagem econômica, consistente no repasse, pelos funcionários, mensalmente, de valores que iam de R$ 100 a R$ 500.
“A DIC de Laguna agiu com rapidez e eficiência, coletando provas contundentes que foram prontamente apresentadas ao Ministério Público. A promotoria, por sua vez, não tardou em mover uma ação penal, que foi analisada com igual celeridade pelo juízo da Comarca de Laguna”, ressaltou a DIC.
O réu foi condenado por 11 crimes de concussão, além do crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Ficou comprovado que o ex-funcionário portava uma pistola Taurus calibre 9x19mm em seu ambiente de trabalho, usando-a como instrumento de intimidação contra os funcionários da Fundação.
A sentença determinou que o condenado cumprisse sua pena no presídio de Laguna, onde permanece preso desde fevereiro à disposição do Poder Judiciário. O direito de recorrer em liberdade foi negado, garantindo que o réu permaneça encarcerado durante todo o processo.
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