'A Defesa não trouxe argumentos aptos', sentenciou o ministro Alexandre de Moraes
O pedido de liberdade provisória de Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, conhecida como "Fátima de Tubarão", foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ela responde à ação penal na Corte por envolvimento nos atos de 8 de janeiro. O ministro justificou a decisão "ante a evidente impossibilidade de substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas".
A determinação do ministro é do dia 27 de junho e foi publicada nesta terça-feira (2). Em um vídeo publicado no dia da invasão, Maria de Fátima ganhou fama nacional ao dizer que havia defecado no STF. Em seguida, ela ameaça o ministro Alexandre. "Agora vamos pegar o Xandão".
Ré em processo no tribunal por cinco crimes, ela tinha sido presa no dia 27 de janeiro de 2023. Em outras ocasiões - em abril, outubro e dezembro do mesmo ano e em abril deste ano – teve a prisão mantida também por decisão do ministro.
O relator pontuou que a prisão preventiva é uma medida ainda necessária para interromper atividades criminosas, já que há "indícios significativos" de que ela participou da invasão aos prédios públicos.
"Além disso, verifico que a Defesa não trouxe argumentos aptos a afastarem os fundamentos da decisão que decretou a prisão preventiva da ré, que se mantém íntegros na atualidade, não se comprovando nos autos excepcionalidade alguma que justifique sua revisão", escreveu.
"Ressalto, ainda, que Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza teve efetiva participação e exerceu grande influência sobre os demais envolvidos, com extremo desprezo pelos Poderes instituídos, sobretudo a tentativa infeliz de ação objetivando ruptura do sistema democrático e os covardes ataques às Instituições Republicanas", completou.
Receba outras notícias pelo WhatsApp. Clique aqui e entre no grupo do Sul Agora.