Ao todo quatro ações penais foram julgadas, com 19 pessoas condenadas
Há dois anos a Operação Mensageiro agitou o cenário político de Santa Catarina. Foram 42 prisões em cinco fases, incluindo 17 prefeitos em exercício, com início em 6 de dezembro de 2022. Na Amurel foram quatro prefeitos e um vice-prefeito presos em Tubarão, Capivari de Baixo, Pescaria Brava e Imaruí.
Os trabalhos começaram pelas suspeitas de irregularidades em licitações de coleta e destinação do lixo em diversas cidades do estado na relação entre prefeitos e outros agentes públicos com o grupo Serrana Engenharia, que posteriormente veio a mudar de nome.
Ao todo, quatro ações penais foram julgadas, com 19 pessoas condenadas, incluindo agentes públicos e privados. A operação é comandada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), através do Grupo Especial Anticorrupção (Geac) e do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e a coordenação da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos. De acordo com o MP-SC, as investigações continuam em andamento.
Como estão os agentes políticos da Amurel envolvidos na Operação Mensageiro:
Joares Ponticelli (ex-prefeito de Tubarão)
Permaneceu em prisão preventiva entre 14 de fevereiro e 29 de junho de 2023. Renunciou ao cargo em 10 de julho. Foi candidato a vereador em 2024 e ficou na segunda suplência do PP. Aguarda o julgamento.
Caio Tokarski (ex-vice-prefeito de Tubarão)
Foi preso preventivamente no dia 14 de fevereiro e permaneceu detido até 1º de setembro do mesmo ano. Também renunciou ao cargo em 10 de julho e se afastou das atividades políticas. Atua como advogado e é, desde 2022, o segundo suplente de deputado federal do União. Também aguarda o julgamento.
Vicente Corrêa Costa (ex-prefeito de Capivari de Baixo)
Foi preso no dia 2 de fevereiro e libertado no dia 25 de julho de 2023, uma semana depois de renunciar ao mandato. Afastou-se das atividades políticas e retomou a carreira de médico. Também aguarda o julgamento.
Patrick Corrêa (prefeito de Imaruí)
Ficou preso de 27 de abril a 21 de setembro de 2023 e foi o único dos envolvidos na região a não renunciar ao mandato. Reassumiu o posto no dia 1º de março de 2024 e foi reeleito no dia 6 de outubro, com 4.378 votos, 55% do total. Teve, no entanto, a expedição de seu diploma para o novo mandato cassada pela Justiça Eleitoral e recorreu da decisão. Sobre os processos decorrentes da Operação Mensageiro, também aguarda o julgamento.
Deyvisonn da Silva de Souza (ex-prefeito de Pescaria Brava)
Foi preso preventivamente logo na primeira fase da operação, em 6 de dezembro de 2022, quando cumpria agenda oficial em Brasília. Renunciou em 11 de julho e foi solto em 25 de setembro e novamente preso em 26 de julho de 2024. É o único da Amurel que já foi julgado e coindenado por organização criminosa e corrupção a 85 anos de prisão.
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