Míriam diz que Joel não saiu de Tubarão para fazer vandalismo, pois sempre foi tranquilo
Saiu apenas um ônibus de Tubarão, rumo a Brasília para o 8 de Janeiro, que Míriam tenha ficado sabendo. “Em outras cidades da região também saíram alguns”, ela cita.
Era um ônibus de dois andares, com capacidade para cerca de 60 pessoas. Quando chegaram a Brasília, o grupo se dispersou, então não é possível saber se todos participaram das manifestações e se alguns ficaram apenas no QG do Exército.
De Tubarão, além de Joel, apenas a empresária tubaronense Camila Mendonça Marques e Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, a Fátima de Tubarão, foram condenadas a 17 anos de prisão.
Camila cumpre pena desde 15 de novembro do ano passado. E Fátima já está em prisão preventiva desde janeiro de 2023.
“Não tivemos nenhuma rede de apoio em Tubarão”, diz Míriam, apenas da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro. “Deles, apoio financeiro e até psicológico, que foi muito importante”, finaliza.
Nosso sentimento não é de traição, pois não conheço essas pessoas, não posso fazer juízo de valores. O sentimento é de injustiça, pois o processo é genérico, são 200 páginas iguais ao dos demais, com episódios até antes do 8/1, dos quais ele não participou. Fotos de acampamentos que o Joel nunca nem passou. O devido processo legal não foi oferecido. Todos pagam exatamente pelo mesmo crime, um crime multitudinário”, diz.
“Quero deixar claro que Joel não foi para fazer vandalismo, ele é e sempre foi uma pessoa tranquila. Pra nós, tudo isso está sendo um choque, porém eu acredito na inocência dele e que tudo dará certo”, finaliza.
Leia também:
. Tubaronense preso na Argentina pelo 8/1: “Me sinto injustiçado”
. Joel passou fome na prisão e ficou 63 dias numa solitária
. Ida a Brasília foi organizada por grupo de WhatsApp
. Esposa estava em chamada de vídeo quando o marido foi preso
. Joel entrou na Argentina pela fronteira, com documentos, diz esposa
Fique informado com Sul Agora direto em seu WhatsApp. Clique aqui.