Grupo de manifestantes de Tubarão lotou um ônibus para a capital federal
Míriam conta que Joel estava com um caminhão carregado para ir para Minas Gerais, no início de 2023, mas no dia 2 de janeiro ele teve um problema no motor e precisou deixar o veículo no mecânico por cerca de dez dias.
“No dia 4 de janeiro colocaram minha filha num grupo (de WhatsApp) de manifestantes em Tubarão. Não sei nem quem a colocou, pois existiam vários administradores e também não perguntei a ela. Neste grupo, minha filha foi avisada que um ônibus sairia de Tubarão rumo a Brasília, para manifestação, então ela disse: “Pai, não é você que gosta do Bolsonaro? Vai ter um ônibus de Tubarão até Brasília, você não está aí parado?”
“Joel topou no mesmo dia. Pouco tempo depois um homem, não sei dizer o nome, se identificava como GUS no grupo, afirmou que existiam lugares disponíveis pelo valor de R$ 628. As pessoas ficariam num hostel, com alimentação à parte”, conta.
Míriam prossegue: “Era para ser outro ônibus, que não veio, e contrataram um outro de última hora. O nome dele, por algum motivo que desconhecemos, não estava na lista. Mas, no embarque, diversas pessoas que haviam pago desistiram e se ausentaram. Então, o Joel foi como convidado”, conta.
Perguntada sobre qual era a intenção do marido ao viajar com o grupo para Brasília, Míriam diz que perguntou para ele e até hoje custa a entender. “Muitos foram para buscar o código-fonte das urnas, mas Joel foi para defender as pautas da liberdade e princípios conservadores, em razão do medo que possuía da agenda do novo governo (aborto, agenda woke, sexualização das escolas, família). Somos cristãos, e ele afirmava: “Não quero que chegue nos meus filhos, então eu irei”.
“Mas quando o Lula ganhou as eleições, eu falei pronto, acabou. Goste ou não, tenho que torcer para dar certo. Ele agora é o capitão e, se o navio afundar, eu afundo junto”, pondera.
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