Gente feliz é leve.
Carrega nas mãos uma chave invisível, abre portas, descortina horizontes. Faz o caminho parecer possível, mesmo quando ainda é só esboço.
Gente feliz não compete — compartilha. Não diminui — enaltece. Não guarda segredo do bem — espalha. Sua alegria é uma espécie de permissão silenciosa: “vai, você também pode”.
Já gente infeliz anda com pedras no bolso. Pesa o passo, atrasa a si e tenta atrasar os outros. Não constrói nada, só levanta muros. É especialista em barreiras, em críticas venenosas, em ofensas travestidas de opinião. Vive tentando diminuir o outro, porque o tamanho da própria dor é a única régua que conhece.
Enquanto a felicidade é estrada, a infelicidade é encruzilhada. Uma abre, a outra fecha. Uma inspira, a outra limita.
O curioso é que cada um de nós pode escolher de que lado ficar: o da semente ou o da sombra.
Ser feliz não é não ter problemas — é não usá-los como desculpa para impedir o voo alheio.
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