Em coletiva, Polícia Civil deu alguns detalhes sobre o caso, mas informou que é prematuro falar sobre motivação ou autoria
A Polícia Civil instaurou um inquérito e segue investigando a morte da empresária Cristiane Bitencourt de Souza, de 44 anos, executada com um tiro na nuca na Avenida Patrício Lima, em Tubarão, na noite dessa terça-feira (22).
Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta (23), a Polícia Civil deu alguns detalhes sobre o caso, mas informou que é prematuro falar sobre motivação ou autoria.
Crime
Cristiane e o marido, Pedro Antunes, de 61 anos, são proprietários do posto de combustível 2001. De acordo com a polícia, nessa terça, eles saíram do posto levando cerca de R$ 55 mil em dinheiro e quase R$ 5 mil em cheques.
Depois, participaram de uma celebração em sufrágio pela alma do Papa Francisco, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no bairro Humaitá, e seguiram para casa pela avenida, onde o crime ocorreu, por volta das 22h.
Ali, o veículo deles, ainda em movimento, foi atingido por “seis ou sete” tiros, informou a PC. Um dos disparos atingiu a nuca de Cristiane, que conduzia o Mitsubishi ASX. Outro tiro atingiu o peito de Pedro. Ela morreu na hora e o marido foi encaminhado ao Hospital Nossa Senhora da Conceição pelo Samu. Ele não corre risco de morte e passaria ontem (23) por uma cirurgia, informou a polícia.
Segundo testemunhas ouvidas pela Polícia Militar, o autor dos fatos estava em um veículo Sandero chumbo e os disparos saíram de um revólver de cor preta.
Os autores do homicídio não foram localizados. Dentro do carro, a PM encontrou o malote com o dinheiro e os cheques. A PM confirmou que o veículo que teria sido usado pelos suspeitos foi encontrado nessa quarta (23), em Imbituba.
Laudos
O marido de Cristiane foi ouvido pela polícia. Ele teria informado que não conseguiu ver o autor dos disparos e que, no primeiro momento, achou que o barulho seria de um pneu furado.
A Polícia Civil informou ainda, durante a coletiva, que aguarda os laudos periciais para entender com detalhes a forma como o crime aconteceu.
O corpo da vítima foi cremado em uma cerimônia realizada na noite dessa quarta, em Capivari de Baixo.
Coletiva e cautela
A coletiva de imprensa da Polícia Civil sobre o homicídio contou com as presenças da delegada regional de Tubarão, Carolini de Bona Portão, e dos delegados Bruno Martins e André Crisóstomo, da Delegacia de Investigação Criminal (DIC).
O trio deixou claro que não poderia repassar mais detalhes para não atrapalhar a investigação e reforçou, diversas vezes, que ainda era prematuro falar sobre autores e motivação.
Os delegados reforçaram que todas as hipóteses são levantadas, mas que o latrocínio (roubo seguido de morte) estaria praticamente descartado, já que os autores não levaram o malote com o dinheiro após os disparos.
“Temos conhecimento dos boatos de briga por herança, mas qualquer informação que a gente faça nesse momento é muito prematura. Nesse momento, não descartamos nenhuma linha. Temos motivações pessoais e profissionais que ainda são averiguadas. O que podemos afirmar é que a DIC vai prender o autor ou autores desse crime”, disse Carolini.
Notícias falsas
O delegado André informou ainda que é preciso ter cuidado com as notícias falsas que andam circulando pelas redes sociais.
Uma delas aponta que o possível autor do homicídio foi visto armado antes do crime em uma lanchonete. Segundo o delegado, na verdade, tratava-se de um policial que estava no estabelecimento lanchando.
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