A pesquisa mostrou que utilizar eletrônicos mais que 6 horas por dia é prejudicial
Pensando em mudar a realidade dos jovens, o professor da Unisul, Fabrício de Souza, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS), realizou dois estudos sobre a obesidade em adolescentes entre 12 e 17 anos. O docente é o primeiro egresso do curso de Educação Física a realizar o doutorado também na Unisul.
Na primeira pesquisa, Fabrício realizou um estudo com adolescentes que procurou identificar os fatores associados aos hábitos de vida, principalmente com relação aos equipamentos eletrônicos. Já no segundo estudo, foi realizado um estudo de intervenção, que contou com a participação de uma equipe multidisciplinar. Foram realizadas intervenções com exercícios físicos, além de mudanças alimentares e acompanhamento psicológico.
Segundo o doutorando, a pesquisa contou com uma intervenção inovadora. “Em relação aos exercícios físicos, utilizamos uma intervenção inédita no mundo que consistiu de uma sessão composta por golpes de karatê, realizados de forma intervalada com alta intensidade”, explicou.
Resultados expressivos
Os resultados do estudo mostraram que existe associação entre os hábitos de vida e o sexo, atividade física, medidas antropométricas, qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS), autoestima e depressão de adolescentes. A pesquisa mostrou que utilizar eletrônicos mais que 6 horas por dia e dormir menos que 7 horas por noite associaram-se com piora na avaliação da QVRS, da depressão e da autoestima dos participantes.
“Já na outra pesquisa, vimos que um treinamento intervalado de alta intensidade composto por golpes de karatê aliado à uma intervenção nutricional e psicológica, melhoraram os parâmetros na QVRS”, explicou Fabrício.