Quem ofende não quer apenas gritar, machucar ou ferir — quer companhia no abismo. A ofensa é uma isca disfarçada de opinião, de conselho, de sinceridade. Mas no fundo, é só uma armadilha esperando sua resposta no mesmo tom. Quer te arrastar pra baixo, te tirar do eixo, te desestabilizar pra, então, apontar: “Tá vendo como você é igual?”
Tem gente que não quer paz, quer plateia. Não quer diálogo, quer guerra. Não quer ser escutado, quer vencer. E quando percebe que você permanece no seu lugar — mesmo sentindo a fisgada da dor — se inquieta. Porque o verdadeiro poder não está em revidar, mas em não se permitir contaminar.
Resistir à provocação é força emocional. É maturidade de quem entendeu que a resposta mais alta não é grito — é silêncio. Que a resposta mais sábia não é devolver a ofensa — é seguir em paz. A ofensa só cumpre seu papel quando encontra eco. Quando você não entra no jogo, o jogo acaba.
Às vezes, o maior escudo é a sua serenidade. Porque o ofensor quer ver sangue, mas você entrega calma. Quer ver raiva, mas você oferece compostura. Quer ver guerra, mas você segue em paz. Isso, sim, desarma qualquer ataque.
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