MP quer transformar vagas ociosas em oportunidades para jovens de Jaguaruna, Sangão e Treze de Maio
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) identificou que mais de 180 vagas de aprendizagem estão abertas e não preenchidas em empresas de Jaguaruna, Sangão e Treze de Maio.
Os dados acendem um alerta sobre a necessidade de ampliar as oportunidades de inserção profissional para adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social.
Com o objetivo de reverter esse cenário, o MPSC promoverá no dia 23 de outubro, às 14h, uma audiência pública em Jaguaruna para apresentar o programa “Trabalhando Juntos”, que busca incentivar a contratação de aprendizes e fortalecer a inclusão social por meio do trabalho.
O encontro será realizado no salão anexo à Igreja Assembleia de Deus, na rua Hercílio Estácio da Luz, no Centro da cidade.
Segundo o MPSC, a 1ª Promotoria de Justiça da comarca vem articulando, neste segundo semestre, a implantação do programa junto às prefeituras e ao Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
A iniciativa já deu seus primeiros passos: no início de outubro, turmas de jovens começaram cursos preparatórios de aprendizagem, etapa que antecede o ingresso no mercado de trabalho.
A audiência pública pretende agora mobilizar os empresários locais para que cumpram a Lei da Aprendizagem, que determina que empresas com sete ou mais empregados reservem de 5% a 15% de seus quadros para aprendizes com idades entre 14 e 24 anos.
“Temos jovens em busca de oportunidades e empresas com vagas disponíveis. O programa busca justamente aproximar esses dois lados e garantir que o direito à profissionalização e ao primeiro emprego seja efetivado”, destacou o MPSC em nota.
O que é o programa “Trabalhando Juntos”
Criado pelo MPSC em parceria com entidades qualificadoras, prefeituras e empresas privadas, o “Trabalhando Juntos” tem como foco capacitar e inserir adolescentes em situação de vulnerabilidade no mercado de trabalho.
O público-alvo inclui jovens em acolhimento familiar ou institucional, em cumprimento de medidas socioeducativas ou em situação de evasão escolar.
Durante cerca de dois meses e meio de curso, os participantes recebem formação em educação financeira, comportamento no ambiente de trabalho, elaboração de currículo e trabalho em equipe. Após a capacitação, são encaminhados para vagas de aprendizagem ou estágio nas empresas locais.
O MPSC atua como articulador e fiscalizador do programa, promovendo reuniões entre municípios, entidades e empresários para garantir o cumprimento da lei e o fortalecimento das políticas de inclusão juvenil.
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