Em 2015, a Igreja Católica abriu um processo de canonização
Dez anos após sua morte, vítima de um terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, a médica Zilda Arns Neumann (1934-2010) segue lembrada por seu legado social, as três indicações ao Nobel da Paz e trajetória de vida. Lilian Arns, sua sobrinha, contou que todos os dias chegam depoimentos sobre feitos realizados por ela - material que, organizado em sigilo, está se tornando o dossiê que pode ajudá-la a ser reconhecida como santa pela Igreja Católica.
Irmã de Paulo Evaristo Arns (1921-2016), frade franciscano que foi cardeal da Igreja e arcebispo de São Paulo, Zilda formou-se em medicina pela Universidade Federal do Paraná em 1959, especializou-se em saúde pública, pediatria e sanitarismo. Em 1983, a convite da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), criou a Pastoral da Criança.
Cinco anos depois de sua morte, em 2015, a Igreja Católica abriu um processo de canonização. Pelas normas eclesiais, os trabalhos foram iniciados em Porto Príncipe, no Haiti - local de sua morte. Contudo, graças a esforços da Pastoral da Criança no Brasil, houve uma transferência do processo para Curitiba, no Paraná, onde ela viveu a maior parte da vida.
Atualmente,134 brasileiros estão na fila da canonização.