Estive em SP, no município de Caieiras, no domingo para tentar, pela primeira vez, completar uma ultramaratona. O desafio era percorrer 50 km numa pista de atletismo de 400 m. Consegui, mas não foi fácil cumprir as 125 voltas.
Era muito corredor bom num ambiente só. Atletas da Seleção, maratonistas de renome, e talvez por isso, me empolguei nos primeiros 15 km e falhei na hidratação. Meu corpo cobrou um preço pesado nessa negligência. Percebi que os atletas à noite reclamavam do calor, mas eu estava sentindo frio. Outros avisos do corpo me fizeram rever o que vinha fazendo. Fiquei girando uns 10 km, e a cada volta ia repondo tudo o que podia para acabar com a sensação de fadiga e mal estar. Deu certo depois disso, finalmente.
Tanto é que o melhor momento na prova foi a partir do quilômetro 30, aí com disposição para acreditar que dava pra chegar inteiro no final. E assim aconteceu. Consegui completar o percurso, com dores e bolhas na sola do pé, mas com a sensação indescritível de dever cumprido.