Neste período, 71,5 mil pessoas já morreram no Brasil, com média diária superior a mil na última semana
O Brasil completa neste domingo (12) quatro meses desde a primeira morte por covid-19 oficialmente registrada no país. De lá para cá, o novo coronavírus matou 71,5 mil pessoas, com média diária superior a mil na última semana.
Nesses quatro meses, os brasileiros aprenderam a conviver com medidas de proteção: evitar aglomerações, higienizar bem as mãos e superfícies e, quando possível, permanecer em casa. A ciência também vem aprendendo mais e mais ao avançar na busca por uma vacina ou por tratamentos comprovadamente eficazes.
Ainda assim, há alguns mistérios sobre a pandemia do novo coronavírus no Brasil que ainda devem ser esclarecidos ao longo do tempo, com pesquisas e estudos.
Embora o primeiro registro oficial tenha sido relatado em 26 de fevereiro em um paciente de São Paulo proveniente na Itália, há a suspeita de que o novo coronavírus tenha chegado antes disso. Porém, ainda não existe consenso de quando o vírus começou a circular no Brasil. Afinal, nem sempre a doença se manifesta nos infectados, e nem todos os casos foram reportados às autoridades de saúde.
O número de casos confirmados de novo coronavírus no Brasil passava de 1,8 milhão neste sábado (11) — o segundo mais alto em números absolutos, atrás apenas dos Estados Unidos. Os epidemiologistas, porém, são unânimes: há subnotificação, ou seja, existem mais casos que o oficialmente relatado. Tanto por pacientes assintomáticos quanto por falta de testes.
Os infectologistas dizem que, primeiro, é preciso saber se haverá vacina. Embora dois testes estejam em andamento já na fase avançada no Brasil — uma da Universidade de Oxford e outra de uma empresa chinesa —, ainda não há nada confirmado.