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SEGURANÇA
15/04/2021 09h12

Jovem recebe ameaças de morte de grupos neonazistas em aplicativo

Polícia de Imbituba investiga o caso; ameaças foram feitas no feriadão de Páscoa

A Polícia Civil de Imbituba investiga o caso de um homem de 24 anos, filho de moradores do município, que recebeu uma série de ameaças de morte e xingamentos homofóbicos durante o feriadão de Páscoa, originadas de perfis de supostos integrantes de grupos neonazistas. As mensagens chegaram pelo Telegram, um aplicativo de conversa semelhante ao Whatsapp. As informações são do portal A Hora.


“Passei aí na frente, não dei uns tiros por piedade mesmo”, foi uma das mensagens que o jovem recebeu enquanto visitava a família em Imbituba. As agressões foram proferidas por dois perfis, cujas identidades dos autores não são reveladas, entre os dias 2 e 4 de abril.


As ameaças começaram na noite da Sexta-feira Santa (2). A vítima estava com os familiares, quando foi surpreendido por uma série de mensagens ofensivas enviadas por um perfil chamado “d”. As ofensas atingiam gays, negros e feministas, tachados como “pragas da nação”. Elas eram intercaladas com fotos de símbolos nazistas e armas. “O primeiro vai ser tu, vai pagar por todos. Já marquei tua casa”, escreveu o agressor. A vítima acredita que tenha sido localizado no aplicativo por meio da função “amigos próximos”.


Desesperado, o jovem não contou as ofensas aos familiares, mas registrou um boletim de ocorrência virtual. Como não conseguiu anexar as fotos no documento, as enviou ao contato da Polícia Civil de Imbituba.

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As ameaças foram retomadas nos dias seguintes. Dessa vez, um segundo perfil neonazista chamado “G Santana” também passou a proferir ofensas. Os perfis anônimos mandavam mensagens como “qualquer ora [sic] pode ser você”, “já marquei a tua casa” e “você devia sentir vergonha de sair na rua”. O segundo agressor, que tinha um perfil com foto pessoal, apagou o histórico de mensagens logo em seguida.

Investigação

A Polícia Civil realiza diligências preliminares para verificar a viabilidade de investigar o crime. Segundo o delegado Nicola Patel Filho, o fato de o aplicativo ter sede na Rússia e nele não ser necessário informar sequer o número de telefone ou outros dados pessoais, dificulta a investigação destes crimes.

“Quando o usuário entra no Telegram ele assina um termo aceitando a política do aplicativo, que é de só liberar dados de usuários em casos de terrorismo. Teríamos de representar judicialmente para tentarmos quebrar o sigilo do acesso, mas ainda assim seria uma questão internacional, que teria de envolver o Ministério da Justiça, que poderia ou não fazer o pedido e o Telegram analisar a solicitação e ainda negar. É uma situação bem difícil, mas que vamos ir até nossos limites para tentar elucidar o caso”, afirma o delegado.

Crime de homofobia

A discriminação por orientação sexual é crime passível de ser punido pela Lei de Racismo desde o dia 13 de junho de 2019. Ela prevê pena de um a três anos, mais multa. Para este caso, a investigação ainda vai apurar o enquadramento correto, ressalta o delegado.

Portal A Hora
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