O instituto tem capacidade para a produção de 1 milhão de doses da vacina por dia
A produção de vacinas contra a covid-19 de forma a garantir uma campanha nacional de imunização para toda a população ainda depende da chegada de insumos cuja data exata de entrada no Brasil ainda não está definida. Caso esse material não chegue até o fim deste mês, o cronograma de vacinação poderá ter de ser adiado, segundo disse nesta segunda-feira (18) o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.
"Preocupa sim a chegada da matéria-prima. Essa matéria-prima precisa chegar para não parar o processo de produção. E esperamos que isso aconteça muito rapidamente. Porque, se chegar neste mês, nós manteremos o cronograma de entrega de vacinas", afirmou Covas, durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, nesta segunda-feira.
O contrato do Butantan com a fabricante chinesa Sinovac previu que o instituto fizesse a terceira fase do estudo clínico da vacina, adquirisse 46 milhões de doses da CoronaVac e recebesse a tecnologia para a produção do imunizante. Essas doses, entretanto, devem chegar ao longo do primeiro semestre.
O Butantan tem capacidade para a produção de 1 milhão de doses da vacina por dia, segundo afirma Covas. Mas, para executar essa fabricação, o instituto depende de insumos feitos pela Sinovac e que precisam ser importados. "A capacidade de produção foi atingida, mas precisamos dessa matéria-prima", afirmou Covas.