O percentual é um comparativo entre a última semana de julho e a última de agosto
Durante toda a pandemia de covid-19, o principal pico da detecção da doença em Tubarão foi registrado no mês de julho. Entre os dias 12 e 31 do mês, mais de dois mil casos foram confirmados e 36 pessoas perderam a vida. Em contrapartida, nesta última semana de agosto os números tiveram uma queda de 75% em relação à última semana do mês anterior.
A diferença é reflexo de ações como quarentena, entre os dias 16 a 24 de julho, e a intensificação das ações preventivas no município, com fiscalizações e a testagem em massa da população.
Mas não é hora de comemorar, salienta o diretor-presidente da Fundação Municipal de Saúde, Daisson Trevisol. “A região sul de Santa Catarina apresentou um pico de contaminação no fim de julho e primeira semana de agosto. Passamos por esse momento e reduzimos um pouco a taxa de transmissão, pelas ações que foram feitas, principalmente a quarentena realizada de nove dias. Mas, ao mesmo tempo, ainda estamos preocupados e não podemos relaxar. Temos que continuar fazendo nosso papel”.
Daisson ainda comenta que estamos próximos à imunidade de rebanho (termo utilizado quando um certo número da população tem imunidade para a doença e esta tem cada vez mais dificuldade de chegar em um corpo que não teve contato com a enfermidade). “Estamos tendo uma taxa de 10% a 15% de pessoas contaminadas no município em relação ao número de habitantes. O que nos dá quase uma imunidade de rebanho, que é falada na área de epidemiologia. Passamos por um pico, mas haverá outros se a população relaxar", alerta.