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MUNDO
07/07/2021 12h38

Presidente do Haiti, Jovenel Moïse, é assassinado a tiros dentro de casa

Primeira-dama também foi atingida por disparos e morreu no hospital; autores do ataque ainda não foram identificados

O presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi assassinado dentro da residência oficial na madrugada desta quarta-feira (7), de acordo com o premiê do país, Claude Joseph. A primeira-dama, Martine Marie Etienne Joseph Moïse, também foi baleada e morreu no hospital. Os autores do ataque ainda não foram identificados. As informações foram confirmadas pelas agências internacionais Reuters, EFE e AFP.

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Joseph repudiou o "ato odioso, inumano e bárbaro" e pediu calma. "Todas as medidas para garantir a continuidade do Estado e proteger a Nação foram tomadas. A democracia e a República vão vencer", afirmou.


O país passa por uma intensa crise política e econômica. Desde 2018, milhares de haitianos marcham pelas ruas do país e pedem melhores condições de vida. Os protestos começaram depois do aumento do preço da gasolina, em 2018, e causaram a renúncia do então primeiro-ministro, Jack Guy Lafontant.


Neste ano, os protestos pediam a renúncia de Moise, um empresário do setor da banana que chegou ao cargo sem experiência política.


Novas eleições


Nesta terça-feira (6), o recém-nomeado e novo primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, garantiu que sua prioridade seria a preparação das eleições, que devem ocorrer em um "ambiente favorável", evento que parece remoto diante da atual instabilidade neste país caribenho.


“Minha missão é simples. O presidente me instruiu a criar um ambiente propício à organização de eleições inclusivas, com alta participação”, disse ele em entrevista exclusiva por telefone à AFP.


Jovenel Moïse havia nomeado o médico Ariel Henry como primeiro-ministro na segunda-feira (5). Henry é o sétimo a ocupar o cargo em 4 anos. “Hoje trabalho na formação do meu governo”, sublinhou o novo premiê, que ocupará o lugar de Joseph, nomeado em meados de abril.


O Haiti, a nação mais pobre do continente americano, é atormentado pela insegurança, especialmente por sequestros de resgate realizados por gangues. O presidente Moïse, que era acusado de inação diante da crise, enfrentava forte desconfiança de grande parte da população civil.


Nesse contexto, gerando temores de uma virada para a anarquia generalizada, o Conselho de Segurança da ONU, os Estados Unidos e a Europa já consideravam a realização de eleições legislativas e presidenciais livres e transparentes como uma prioridade até o final de 2021.


O presidente tinha estabelecido como objetivos "formar um governo aberto", "resolver o flagrante problema da insegurança" e trabalhar "pela realização das eleições gerais e do referendo", disse Henry.


Este referendo constitucional, inicialmente previsto para 27 de junho e posteriormente adiado em meio à crise, era promovido por Moïse, mas amplamente contestado pela oposição. O presidente era acusado de desrespeitar as disposições da Constituição em vigor.

R7 | Foto: Divulgação
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