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GERAL
27/02/2025 06h44

Turma de direito fica sem formatura após aluna perder R$ 77 mil em apostas on-line

Caso foi registrado em Chapecó, na Unidade Central de Educação Faem (UCEFF)

Alunos de direito da Unidade Central de Educação Faem (UCEFF) de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, denunciaram a presidente da comissão de formatura por usar quase R$ 77 mil do fundo destinado para a festa em apostas on-line. A Polícia Civil investiga o caso.

Quinze alunos se dizem vítimas de um golpe financeiro e não puderam celebrar a tão aguardada festa, marcada para o dia 22 de fevereiro. 


Para facilitar os pagamentos parcelados, a presidente da comissão chegou a abrir uma conta em seu nome, já que a empresa responsável pelo evento não emitia boletos. Durante três anos, os formandos pagaram confiantes de que tudo estava sob controle.


Em um aplicativo de mensagem, menos de um mês antes da formatura, a jovem disse que perdeu a quantia.


"Eu perdi todo o dinheiro da formatura. Me viciei em apostas on-line, Tigrinho e afins, e quando perdi todo o dinheiro que eu tinha guardado, comecei a usar o da formatura para tentar recuperar. E aí, cada vez mais fui me afundando no jogo", diz trecho da mensagem.

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O orçamento da festa era de R$ 78.992. Os formandos deram um valor inicial à empresa de R$ 2 mil, o restante dos R$ 76 mil deveria ser dividido entre os 16 alunos – incluindo a suspeita de utilizar o valor.

Sem receber o dinheiro, e após algumas tentativas de contato com a presidente da comissão, a empresa chamou os estudantes em um ultimato, em janeiro, e relatou que a mulher afirmou não ter mais o dinheiro para o pagamento.

Cada um dos formandos investiu quase R$ 5 mil ao longo desses três anos. O choque foi ainda maior porque, apenas cinco dias antes de revelar a verdade, a presidente da comissão publicava nas redes sociais que estava entregando os convites da formatura, dando a entender que tudo estava certo para acontecer.

“No grupo da turma, ela sempre dava a entender que estava tudo certo, então ninguém desconfiou. Foram três anos pagando os boletos, sonhando com esse dia, convidando familiares, preparando a comemoração, e, de repente, tudo foi roubado de nós”, desabafou uma das alunas prejudicadas.

Enquanto buscam reaver os valores, a turma decidiu juntar dinheiro mais uma vez e tentar fazer a formatura acontecer em maio deste ano, com vaquinha on-line e eventos.

A Polícia Civil investiga o caso e encaminhou representação à Justiça para rastrear e, se possível, recuperar o valor supostamente desviado.


Segundo ela, ainda não foi chamada para depor, mas afirma não estar fugindo da Justiça. “Mantenho o mesmo número de telefone para ser localizada e prestar esclarecimentos”, garantiu.


Ela reconhece o impacto de suas ações e expressou o desejo de restituir o dinheiro aos colegas, mas admite não ter condições financeiras para isso no momento.


“Eu sei que causei frustração e decepção a todos. Eles podem não acreditar, mas realmente perdi todo o dinheiro nas apostas online. Ao todo, foram mais de R$ 138 mil – entre o valor da formatura, economias e valores que ganhava no próprio jogo -, além da destruição da minha vida e da minha família”, lamentou.

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