As aglomerações registradas no feriadão, principalmente no litoral, motivaram o debate
As imagens de aglomerações em praias, ruas e restaurantes durante o feriadão foram motivo de debate na sessão desta quarta-feira (14) da Assembleia Legislativa. Os eventos pagos seguem proibidos na maioria das regiões do Estado.
“O governo editou portaria dizendo que eventos sociais no laranja e no amarelo podem, mas eventos pagos só no azul. A praia do Rosa (em Imbituba), que tá laranja, não poderia, mas que bom (que aglomera). Minha crítica é por que eventos pagos não podem? Será que festa no meio da rua pode? Restaurante pode, balada não pode, mas se a balada virou restaurante para abrir, daí pode. Quanto mais você abre, menos pessoas se contaminam e menos pessoas morrem”, defendeu Jessé Lopes (PSL).
Maurício Eskudlark (PL) também defendeu o retorno. “Os eventos foram suspensos desde março, eventos com seis meses, um ano de programação, como casamentos. O Estado tem sido omisso na liberação de eventos. Esperamos que analise a situação e revogue o decreto que está em vigor, porque tem sido diariamente desrespeitado”, discursou.
Já Neodi Saretta (PT), presidente da Comissão de Saúde, viu com outros olhos as imagens de aglomerações estado afora. “Fiquei preocupado com as cenas do feriadão. O patamar de óbitos e o número de casos são preocupantes. Em uma semana, fomos de seis mil para oito mil casos ativos. Isso pode agravar a classificação de regiões e impedir a volta às aulas”, avaliou Saretta, que defendeu o uso de campanhas de conscientização “para que a população possa compreender e fazer sua parte”.