Hoje pela manhã tive o prazer de conversar com o senhor Ernesto Benatti Neto — um bom homem que vive entre nuvens e colinas, num dos pontos mais altos e belos de Tubarão, ali na região de Pouso Alto, a caminho da Sanga da Areia.
Ernesto é desses homens raros: simples, fortes, silenciosamente sábios. Acorda antes da aurora e só repousa quando a luz se despede atrás dos morros.
Na terra que cultiva com as próprias mãos, brota de tudo um pouco. No breve tempo em que estive por lá, vi batata-doce, aipim, abóbora, alface, pitaya, laranja e uma infinidade de outras frutas e hortaliças. Até café ele cultiva — planta, colhe, seca e mói, tudo por conta própria, para o prazer de tomar um gole do que ele mesmo fez nascer.
Também cuida das galinhas, do gado, e sempre há um porquinho no chiqueiro — reservado para o ritual de fim de ano.
Ernesto é boa prosa e coração aberto. Bastou uma conversa para nos tornarmos amigos — como se já nos conhecêssemos de outras eras.
E, além de tudo, é generoso. Saí de sua casa com uma bolsa cheia de laranjas, batatas-doces, pitayas e aipim. Quis ainda me dar mais, mas meu braço já não dava conta…
Muito obrigado, seu Ernesto, por me mostrar um pedacinho da sua vida entre a roça e o céu.
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