Decisão partiu depois dos crescentes casos positivos de covid-19 na comunidade escolar, diz Sinte
Após reunião realizada nesta segunda-feira (8), os professores estaduais decidiram pela paralisação das aulas presenciais. O pedido, conforme nota divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública Estadual de Santa Catarina (Sinte-SC), é que não haja o retorno do ensino presencial até que todos estejam vacinados.
Segundo o Sinte-SC, a decisão partiu depois dos crescentes casos positivos de covid-19 na comunidade escolar da rede pública estadual. Ainda de acordo com o sindicato, as escolas estaduais não possuem estrutura para garantir as definições dos Planos de Contingências (Plancon) e que, por isso, os trabalhadores da educação não retornarão às escolas e continuarão as aulas de forma on-line.
Até a manhã desta terça (9), o governo de Santa Catarina não havia se manifestado sobre a paralisação dos professores estaduais.
Confira a nota do Sinte-SC sobre a paralisação:
Em assembleia organizada pelo Sinte (Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública Estadual de Santa Catarina) nesta segunda (8/3) os trabalhadores/as deliberaram pela paralisação das aulas presenciais e seguirão as aulas de forma online. A decisão partiu depois dos crescentes casos positivos de Covid-19 na comunidade escolar da rede pública estadual.
Santa Catarina vive um colapso na saúde. Hospitais lotados, sem vagas nas UTIs e alguns prefeitos começam a tomar medidas mais drásticas de lockdown para tentar conter o crescente número de infectados pela Covid-19. Paralelo a este cenário desesperador, acompanhamos o governador Moisés seguindo a política negacionista de Bolsonaro, expondo os trabalhadores da educação, estudantes e familiares ao risco de contrair o coronavírus com a manutenção das aulas presenciais.
As escolas estaduais não possuem estrutura para garantir as definições dos Planos de Contingências – Plancon. Denúncias de falta de segurança sanitária estão sendo flagrados em todo o estado, aulas estão sendo suspensas com casos suspeitos entre estudantes e profissionais, bem como casos confirmados e profissionais até hospitalizados.
É urgente que o estado tome uma medida em defesa da vida da população. Por isso, os trabalhadores da educação não retornarão às escolas e continuarão as aulas de forma on-line.
A mobilização cobra que o governo do Estado zele pela vida da população e interrompa imediatamente as aulas presenciais, além de garantir a vacinação de todos os trabalhadores da educação, bem como a continuidade da vacinação da população idosa e do grupo de risco.
As aulas online começam nesta terça (9/3) com aplicativos alternativos, até que Moisés libere os aplicativos oficiais do governo do Estado.