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GERAL
02/03/2020 14h05

Não espere que o cãozinho abandonado embaixo do seu nariz seja também enterrado vivo

Maciel Brognoli analisa o caso de um cão enterrado vivo, no Rincão

O diabo anda solto por aí travestido de ser humano. Covarde! Ataca inocentes que não têm a mínima possibilidade de se defender. Ele fere e mata crianças inocentes, idosos e cães de rua. Acontece todos os dias. A maldade cresceu tanto que a nossa capacidade de indignação com o que é sinistro foi diminuída. Cresceu tanto que nossa sensibilidade e compaixão baixaram a níveis insignificantes. No que se refere aos animais, quase nada mais nos toca. O corpo de um cãozinho de rua atropelado fica no meio do asfalto até que muitos carros passem por cima dele e - de tanto ser esmagado - seja absorvido pelo chão e se torne parte do asfalto. Quando alguém se dá ao trabalho de recolher e enterrar o bichinho é porque o mau cheiro está incomodando.


Alguns casos de maldade contra animais ganham repercussão e servem para acordarmos dessa realidade cruel. No último sábado, por exemplo, um cão foi enterrado vivo no Balneário Rincão. Uma pessoa que transitava pelo local onde o crime aconteceu viu que um cãozinho latia sem parar e tentava desenterrar alguma coisa. Ao se aproximar, o homem notou que havia um outro cão enterrado até o focinho, e seu amigo cão tentava salvá-lo. O homem acionou os Voluntários da OPA (Organização Protetora dos Animais), que foram ao local e desenterraram o bichinho. Ele foi levado para o canil da organização para ser vacinado, medicado, alimentado e acompanhado pela equipe. Esse tipo de maldade acontece em todos os lugares, mas é irônico que tenha acontecido logo no Balneário RinCÃO!

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A triste verdade é que existem muitos cães de rua transitando pelas nossas cidades. Esses cães são totalmente invisíveis aos olhos do poder público e da própria população. Vivemos esbarrando neles e não somos tocados em nossos corações a adotá-los. Mas quando acontece um caso como esse do RinCÃO, onde a repercussão toma proporções gigantescas até mesmo em nível nacional, a fila de pessoas interessadas em adotar o cão maltratado é gigante. Por quê?


Se você é uma das pessoas que está interessada em dar um lar digno para o cãozinho que fora enterrado no RinCÃO, sugiro que sua bondade repentina seja estendida também aos animais abandonados que transitam pelas ruas do seu bairro. Não espere que o cãozinho abandonado embaixo do seu nariz seja também enterrado pelo diabo travestido de ser humano que anda solto por aí.


P.S.: Não se preocupe! O cão do RinCÃO terá um belo lar e será feliz para sempre! Infelizmente, para que lhes ofereçam o céu (um lar), os cães de rua precisam ter comprovadamente chegado bem pertinho do inferno.


E não esqueça! O cãozinho que ficou latindo e indicou o local onde o amigo estava enterrado é um herói. Ele também merece destaque, compaixão e uma casa aconchegante para viver.

Maciel Brognoli/Crônicas e Contos/Sul Agora
Agora Sul
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