Muitos não se dão conta de que estão sofrendo da "doença do tempo" — ou seja, sentem-se estressados e oprimidos pelo relógio.
Os sintomas são: impaciência (exemplo — ter que esperar alguns segundos para que o sinal de trânsito fique verde), viver atrasado, pressão sanguínea alta, alteração nos hormônios e no sono, além de atividades fisiológicas prejudicadas. Isso acontece com quem vive de maneira acelerada, prejudicando o relógio biológico interno, o que pode culminar em doenças.
Patrick Pietroni, autor do livro Viver Holístico, define este problema: “A ansiedade da falta de tempo produz uma sensação de estar sobrecarregado, levando à irritabilidade e à dificuldade para relaxar.”
A doença do tempo também é chamada de “doença da pressa”. O tratamento mais indicado é tentar, aos poucos, diminuir a velocidade e respeitar seu relógio interno. Também é importante escrever e dar prioridade aos compromissos mais importantes e espaçar um pouco mais de tempo entre uma atividade e outra.
A revista IstoÉ, tempos atrás, publicou a reportagem “Sinal dos tempos”, de Mônica Tarantino, e destacou que “a mania de correr contra o relógio mesmo quando não há compromissos é considerada uma alteração de comportamento.”
A psicóloga Marilda Lipp (PUC-Campinas) fez um levantamento e concluiu: “De 294 executivos, 90% agiam apressadamente, mesmo sem estarem atrasados, e 10% precisavam reeducar a qualidade de vida.”
Algumas ideias simples que ajudam a evitar a doença do tempo:
- Planejar e organizar a agenda com antecedência
- Estabelecer prioridades
- Adiar o que não for urgente
- Aprender a dizer “não”
- Acordar meia hora mais cedo
- Diminuir o tempo diante das telas
- Desligar o telefone quando quiser silêncio
- Deixar de usar o relógio durante um dia da semana
A psicóloga Ana Maria Rossi, que foi presidente da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR), elaborou uma tabela para identificar se a pessoa é vítima da pressa:
Tabela para identificar se você é vítima da pressa
(Para identificar, responda apenas com verdadeiro ou falso):
1) Mantenho um ritmo tão frenético que termino o dia exausto (V) (F)
2) Se noto que o semáforo está mudando, acelero para não esperar (V) (F)
3) Vivo correndo, mesmo quando não tenho nada de importante para fazer (V) (F)
4) Sinto que minhas obrigações diárias excedem as horas do meu dia (V) (F)
5) Avalio minhas realizações pela quantidade e não pela qualidade (V) (F)
6) Sinto dificuldade para me concentrar, porque fico antecipando minha próxima tarefa (V) (F)
7) Torno-me hostil quando o ritmo das pessoas é lento (V) (F)
8) Uso medicamento ou bebida alcoólica para controlar minhas emoções (V) (F)
9) Meus familiares (ou amigos) têm comentado que estou sempre apressado (V) (F)
10) Meu sono é agitado e/ou superficial (V) (F)
Avaliação:
- 3 itens com respostas V:
Parabéns, pois você está no controle da rotina do seu dia a dia. Continue dando prioridade à sua qualidade de vida.
- De 4 a 6 itens com respostas V:
Alerta, pois sua pressa está afetando a sua qualidade de vida. É importante programar-se para mudar seu comportamento, que pode estar colocando a sua saúde em risco.
- Acima de 6 itens com respostas V:
Pare, pois a sua saúde está ameaçada. Os riscos de adoecer são grandes. É importante planejar o que puder e aceitar o que não tiver controle para mudar.
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