Existem dores que as palavras não alcançam.
Sofrimentos que não cabem em frases bem-intencionadas, nem se resolvem com conselhos prontos.
Tem choro que só quer colo — não explicação.
Nessas horas, o que realmente importa não é o que se diz, mas o que se sente.
E não há gesto mais poderoso do que um abraço sincero.
Não desses que se dá por educação, ou por obrigação social.
Mas daquele abraço que vem do peito, que envolve por inteiro, que silencia o mundo lá fora.
Um abraço de verdade não pergunta, não julga, não tenta consertar.
Ele apenas está.
Presente. Firme. Quente.
É abrigo.
Quando tudo parece desabar, quando a alma está cansada e os olhos não seguram mais, o corpo pede refúgio.
E o abraço vira casa.
Um lugar seguro onde a dor pode existir sem precisar ser escondida.
É que o abraço certo tem um tempo próprio.
Não apressa o choro.
Não nega a tristeza.
Mas aos poucos, no compasso do coração que pulsa junto, vai lembrando: “Você não está sozinha.”
E assim, entre um soluço e outro, o mundo vai se ajeitando de novo.
Não porque tudo passou…
Mas porque alguém ficou.
E no final, é isso:
Só mesmo um abraço sincero é capaz de enxugar as lágrimas que as palavras não sabem secar.
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