Quantas vezes eu te silenciei, intuição?
Coloquei tua voz no banco de trás, achando que a razão sabia mais do que você. Me enchi de justificativas, desculpas e teorias bem embasadas, só para não ouvir o sussurro que já me avisava o desfecho.
Você sempre foi simples.
Eu é que complicava.
Você dizia “não vai por aí”, e eu respondia “mas todo mundo está indo”.
Você dizia “essa pessoa não é confiável”, e eu replicava “mas ela é tão simpática”.
Você insistia: “não é amor, é carência”. E eu, teimosa, batia o pé: “não, é destino”.
E lá fui eu, tropeçar onde você já havia acendido a placa de alerta.
Demorei, mas aprendi: intuição não grita, não implora, não faz discurso. Ela apenas sabe.
Hoje eu te peço desculpas por todas as vezes que te calei.
E te agradeço por nunca desistir de mim, mesmo quando eu parecia surda.
Você é a bússola que não aparece nos mapas, é o pressentimento que não cabe em explicação científica, é a alma falando em primeira pessoa.
Querida intuição, você estava certíssima.
E agora, finalmente, eu também estou.
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