Tudo o que você diz ainda não é tudo o que você sente.
Porque as palavras, por mais bonitas ou intensas que sejam, nunca dão conta do que transborda dentro da gente.
Dizemos “estou bem” quando, na verdade, só estamos tentando não desmoronar. Dizemos “eu te amo”, mas o que sentimos é ainda maior, mais fundo, impossível de caber numa frase. Dizemos “não importa”, mas importa, sim — só não queremos parecer frágeis.
O silêncio, muitas vezes, fala mais do que qualquer discurso. O olhar desvia para esconder a verdade. O corpo enrijece para não deixar escapar a vulnerabilidade. A boca ensaia dizer algo, mas recua, por medo de não ser compreendida.
E assim vamos vivendo, carregando o que sentimos sem conseguir expressar tudo. Não porque não queremos, mas porque há emoções que simplesmente não se traduzem.
Talvez seja por isso que os abraços apertados, os olhos marejados e os gestos espontâneos sejam tão importantes. Porque são eles que dizem o que as palavras não alcançam.
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