Feliz é quem tem alguém para repartir suas tristezas. Um colo, um ouvido atento, um abraço silencioso que entende sem precisar de palavras. A dor, quando dividida, pesa menos. E quando encontramos quem nos ajude a carregá-la, a vida se torna menos áspera, menos fria.
Mas há uma tristeza maior do que não ter quem segure nossas lágrimas: é não ter com quem compartilhar nossas alegrias. Ou pior ainda, ter e não conseguir.
Porque há quem ame, mas não se sinta à vontade para demonstrar. Há quem tenha ao redor gente querida, mas trancafie seus sorrisos num cofre emocional, por medo de não serem compreendidos ou de parecerem exagerados. Há aqueles que, por traumas ou inseguranças, aprenderam a esconder a felicidade, como se fossem indignos dela.
Alegria guardada é alegria perdida. É como um presente nunca aberto, uma música que ninguém ouve, um pôr do sol assistido sozinho. A felicidade se multiplica quando compartilhada, quando encontra eco no riso do outro, no brilho do olhar de quem escuta.
Então, se você tem alguém com quem dividir suas dores, agradeça. Mas se também tem quem possa vibrar com suas conquistas e não o faz, repense. A felicidade é um convite: aceite-a e permita que outros celebrem com você.
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