Se você tem medo da morte, não precisa falar sobre a morte.
Converse com o seu medo.
Antes de tentar decifrar o mistério do fim, escute o que se agita dentro de você ao imaginar esse silêncio inevitável. O coração dispara, a respiração encurta, a mente inventa cenários. Não é a morte em si que assusta — é a sensação de perder o controle, de não saber como será a travessia.
O medo não é inimigo. Ele é um aviso, um sussurro interno pedindo cuidado. É a parte mais vulnerável de nós implorando por ternura. Fingir que ele não existe só o fortalece. Acolhê-lo, ao contrário, pode transformá-lo em mestre.
A morte pode esperar. O medo, não. Ele bate à porta todos os dias em pequenas doses: na ansiedade, na pressa de viver, no desespero de não perder nada. É ele quem nos mostra que somos frágeis, e justamente por isso, intensamente vivos.
O que o seu medo da morte está tentando te dizer? Talvez que você ame mais do que confessa. Talvez que a vida ainda lhe deve danças, viagens, abraços. Talvez que você ainda não se perdoou.
Escutar o medo é, no fundo, aprender a viver melhor. Porque quem entende o medo, não precisa temer a morte.
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