Acusado responde por homicídio triplamente qualificado; pais da vítima pedem justiça
Após mais de 13 horas de sessão, foi encerrado o primeiro dia do julgamento do réu acusado de matar a namorada, Isadora Viana Costa, com socos, chutes e joelhadas, em Imbituba.
A audiência, iniciada às 8h e concluída às 21h45 desta quarta (3), ouviu nove pessoas entre testemunhas da acusação, da defesa e informantes.
A sessão será retomada nesta quinta-feira (4), às 9h, no Fórum da Comarca de Imbituba, com a oitiva de três testemunhas restantes, análise de provas e o interrogatório do acusado.
O julgamento tem sido acompanhado por familiares da vítima e pela comunidade. Emocionados, os pais de Isadora pediram justiça.
“Ela tinha uma vida pela frente... tudo isso foi cortado de forma bruta”, declarou o pai, Rogério Froner Costa.
Já a mãe, Cibelle Viana Costa, afirmou confiar na Justiça: “Isso não vai trazer ela de volta, mas não pode ficar impune esse tipo de assassinato.”
Relembre o caso
Isadora, de 22 anos, foi morta em maio de 2018. Segundo a denúncia, o crime teria sido motivado pelo fato de a jovem ter revelado à cunhada que o réu fazia uso excessivo de drogas e álcool.
Após o consumo de entorpecentes, o acusado teria agredido a namorada de forma inesperada, impossibilitando qualquer reação.
O laudo apontou trauma abdominal grave causado por múltiplos golpes, refutando a tese da defesa de overdose.
Durante buscas, a polícia encontrou armas, munições vencidas, drogas e uma mira a laser de uso restrito na residência do acusado.
O Ministério Público de Santa Catarina, representado pelos promotores Patrícia Zanotto e Geovani Werner Tramontin, pede condenação por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, recurso que impossibilitou defesa e feminicídio), além de fraude processual e posse ilegal de acessório de uso restrito.
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