Há dias em que tudo parece ruir. O chão, antes firme, vira areia movediça. O que era certeza, evapora. As mãos se abrem, e o que seguravam escapa. Dói. Parece que o mundo desmoronou. Mas não. Ele só mudou.
A gente foi ensinada a achar que mudanças são sinônimo de fim. Que quando algo sai do roteiro, significa que fracassamos. Mas, aos poucos — e sempre aos poucos — a vida ensina que o que parecia um desmoronamento era, na verdade, só um recomeço disfarçado.
Relacionamentos terminam. Amizades esfriam. Empregos se perdem. Planos se desfazem. Mas tudo isso não é o fim — é só o ponto de virada. É a curva da estrada que a gente ainda não enxerga inteira.
É que no meio do caos, a gente quer explicação. Mas nem tudo se entende no agora. Algumas respostas só chegam quando a poeira assenta. E outras, sinceramente, nem precisam chegar.
A pressa em entender só atrasa o sentir. E o sentir — ah, esse sim — é o que transforma. Então, quando tudo parecer fora do lugar, respire. Não se apresse. Não tente compreender tudo com a mente cansada e o coração apertado.
A vida, com sua sabedoria misteriosa, não desmorona nossos dias para nos punir. Ela apenas nos move. Nos retira de onde já não florescemos mais.
Confie. Porque quando as coisas mudam, mesmo que doam, há um novo espaço se abrindo. Um lugar onde você caberá inteira.
Receba outras colunas direto em seu WhatsApp. Clique aqui.