Sexta-feira, 06 de junho de 2025
  • WhatsApp
  • Instagram
  • Facebook
  • Twitter
  • Youtube
  • Contato
Buscar
Fechar [x]
GERAL
06/06/2025 06h12

Liminar determina reformas e fim de interferências em Conselho Tutelar

Município de Treze de Maio deverá garantir estrutura, autonomia e apoio ao órgão

A Justiça determinou que o município de Treze de Maio adote uma série de medidas para garantir melhores condições estruturais e administrativas ao Conselho Tutelar.

A decisão liminar atende a uma ação civil pública ajuizada pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Jaguaruna, após denúncias e inspeção do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

Entre os problemas constatados estão, segundo o MPSC, banheiros sem acessibilidade, ar-condicionado quebrado, ausência de equipe de apoio e motorista, controle das câmeras de segurança pela prefeitura (inclusive em áreas internas), além de negativas para participação das conselheiras em cursos de capacitação e tentativa de interferência nas decisões do órgão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A liminar obriga o município a tomar medidas como: entregar o controle das câmeras ao Conselho; reformar os banheiros em até 90 dias; consertar ou instalar ar-condicionado em até 15 dias; disponibilizar equipe de apoio completa em 60 dias; e garantir orçamento específico para funcionamento e capacitação dos conselheiros.

A decisão, proferida em 20 de maio, busca garantir a autonomia e a atuação efetiva do Conselho Tutelar na proteção dos direitos de crianças e adolescentes. Cabe recurso.

MPSC detalha problemas

Entre os principais problemas verificados, destacam-se a precariedade da estrutura física e a ausência de condições mínimas para o funcionamento do Conselho.

A sede conta com banheiros sem acessibilidade, sendo um deles de uso exclusivo para crianças, o que o torna inadequado para adolescentes, e um dos aparelhos de ar-condicionado não funciona.

Também foi identificada a falta de equipe de apoio permanente, o órgão tem apenas uma estagiária, não possui motorista para atendimentos fora da sede e não conta com serviços de limpeza regulares.

Outro ponto crítico observado pelo MPSC é o monitoramento por câmeras controlado exclusivamente pela Secretaria Municipal de Assistência Social, inclusive em áreas internas de convivência das conselheiras, o que, segundo os servidores, gera constrangimento e sentimento de vigilância indevida.

Além disso, o município teria se recusado a autorizar a participação das conselheiras em cursos de capacitação, mesmo havendo recursos disponíveis.

Também teria havido resistência de profissionais da rede de proteção em atender às solicitações feitas pelo Conselho, e o órgão ainda não conta com um orçamento próprio para manter suas atividades. Esses fatores tornam a atuação do Conselho ainda mais difícil e comprometem sua independência.

Receba outras notícias pelo WhatsApp. Clique aqui e entre no grupo do Sul Agora.

Agora Sul
  • WhatsApp
  • Instagram
  • Facebook
  • Twitter
  • Youtube
  • Contato
Sulagora.com. Tudo o que acontece no Sul. Agora. © 2019. Todos os direitos reservados.
Política de Privacidade

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.