O trauma ensina.
Ensina, sim — mesmo quando a gente não queria aprender.
Ensina a desconfiar antes de confiar.
A esperar o pior.
A engolir o choro e disfarçar a dor.
A levantar da queda sem pedir ajuda, só pra não depender de ninguém.
O trauma faz isso: esculpe em silêncio uma armadura.
Uma casca que parece força… mas pesa.
Ela protege, mas isola.
Você sobrevive — mas não vive.
É quando chega a cura. Devagar.
Sem barulho, sem pressa.
A cura não grita. Ela toca com delicadeza.
E então a gente começa a perceber que não é o mundo inteiro que vai nos ferir.
Que abrir o coração não é fraqueza — é coragem com maturidade.
Que se proteger não precisa ser se esconder.
E que é possível dizer “não” sem medo.
Estabelecer limites sem culpa.
Amar sem se anular.
Confiar sem se perder.
A cura mostra que o amor não precisa mais ser um campo de batalha.
Mas sim um jardim que floresce quando a gente aprende a cuidar — de si e do outro.
Trauma fecha.
Cura abre.
E entre um e outro, mora o caminho de volta pra casa:
Você.
Receba outras colunas direto em seu WhatsApp. Clique aqui.