Nesta sexta, passam a vigorar as sanções que Trump impôs ao Brasil para tentar interferir em nossa soberania e no nosso sistema judicial. Isso, claro, se ele não recuar mais uma vez, como tem feito com os outros países. Hoje é uma tarifa, amanhã não se sabe. Convém checar se ele já não alterou novamente as taxas – para mais ou para menos. Nunca se sabe o que tem ou sai da cabeça de Trump.
Eduardo Bolsonaro esforçou-se para que Trump abrisse essa guerra comercial contra o Brasil. Em suas redes, mostra diariamente o seu empenho para que a situação só piore. Os senadores brasileiros que foram aos EUA para tentar um acordo tiveram de manter a agenda em sigilo, pois temiam que Eduardo Bolsonaro sabotasse e conseguisse cancelar as reuniões com autoridades americanas.
Mesmo assim, políticos ligados à extrema direita têm colocado a culpa da chantagem de Trump em Lula. Eduardo Bolsonaro ataca um por um, de Ratinho Jr. a Tarcísio, e chegou a dizer neste domingo: “Imagino os americanos olhando para este tipo de reação e pensando: o que mais podemos fazer para estas pessoas entenderem que é sobre Jair Bolsonaro, seus familiares e apoiadores?”
Eduardo tem toda a razão. Quando Donald Trump anunciou as sanções ao Brasil, citou Jair Bolsonaro na primeira linha. Trump classificou o processo contra Bolsonaro como uma caça às bruxas. “Trump postou diversas vezes citando Bolsonaro, fez uma carta onde falou de Bolsonaro, fez declarações para a imprensa defendendo nominalmente o fim da perseguição a Bolsonaro”, escreveu Eduardo.
Vivi para ver isso: o Brasil tem o sistema eleitoral mais eficiente do mundo. Temos um excelente sistema de pagamentos, o Pix, que os norte-americanos querem acabar. E somos um exemplo de democracia a ser seguido, quem diria, pelos EUA, que não conseguiram prender um golpista como Trump. Os States, my friend, viraram uma república de bananas – do Bananinha, para ser mais exato.
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