João Batista Lemos foi atropelado no acostamento durante manobra ilegal de ultrapassagem, informou a polícia
O motorista que atropelou e matou o ex-jogador de futebol de Laguna João Batista Lemos, o Tita, foi indiciado por homicídio doloso qualificado.
A Polícia Civil concluiu o inquérito policial que investigou o acidente registrado em 9 de dezembro do ano passado. Naquele dia, Tita (que aparece na foto que abre essa matéria) estava de bicicleta quando foi atingido por uma picape, no bairro Portinho. O motorista fugiu sem prestar socorro.
"No decorrer do inquérito policial, foram colhidos elementos de informação que indicaram que o atropelamento ocorreu no acostamento da via, em uma manobra ilegal de ultrapassagem pela direita, a uma velocidade acima da permitida para o trânsito local", informou em nota a Polícia Civil de Laguna.
Testemunhas do acidente indicaram que, após a colisão, o condutor do veículo não diminuiu a velocidade, retornou à pista e se evadiu em direção à BR-101.
"Quanto à alegação do autor de fuga do local por medo de um possível linchamento, foi constatado que não ocorreu qualquer reunião de pessoas com esse objetivo, mas apenas para prestar socorro à vítima", explicou o delegado William Testoni.
"Em outra imagem, já na mesma avenida onde ocorreu o atropelamento, foi verificado que o veículo, por pouco, não atropelou outro ciclista, minutos antes do atropelamento que vitimou João Batista Lemos", reforçou o delegado.
Ainda de acordo com a polícia, também foram colhidos indicativos de possível embriaguez do condutor.
O motorista se apresentou na delegacia de Laguna no dia seguinte ao acidente. Em interrogatório, o homem informou que estava na cidade para vender o veículo e que, como não encontrou o comprador, estava voltando para casa quando ocorreu o atropelamento.
Ele disse ainda que, na saída de Laguna, entrou no acostamento para efetuar uma ligação e que não conseguiu frear ou desviar da vítima.
Ele também afirmou, conforme a Polícia Civil, que tentou parar o veículo, mas viu uma concentração de pessoas e ficou com medo de ser linchado.
O inquérito, já concluído, foi encaminhado ao Ministério Público, órgão que, por meio da 1ª Promotoria, ofereceu denúncia pelo mesmo crime.
Siga nosso Instagram e acompanhe tudo o que acontece no Sul. Agora: https://www.instagram.com/portalsulagora/