A Vida que Ninguém Vê teve o prazer de visitar José Paulo Lopes, o Zé Paulo, morador do bairro Monte Castelo, em Tubarão.
Por muitos anos, ele viveu na comunidade de Santaninha, em Pedras Grandes, onde trabalhou em uma mina de fluorita.
A vida dele começou com dificuldades. Ainda na barriga da mãe, sofreu um acidente: ela caiu durante a gravidez, e ele nasceu com uma perna 20 cm mais curta que a outra. Além disso, era um bebê frágil, cheio de problemas de saúde.
Com menos de um ano, seu pai Jorge o levou a um médico em Urussanga. O diagnóstico foi cruel: o doutor sugeriu que deixasse o menino morrer, pois era doentinho demais. E, se vingasse, seria triste, sem poder brincar ou andar.
Mas o pai não aceitou. Disse que, se fosse preciso, carregaria o filho no colo até virar homem. Para surpresa de todos, Zé Paulo cresceu forte e foi justamente o filho que mais cedo aprendeu a andar.
Contrariando o médico, tornou-se um homem feliz, respeitado e até jogador de futebol amador, apelidado de “Pé de Gancho” pela habilidade em driblar e marcar gols.
Um clássico dos anos 70 ficou famoso: o técnico da Santaninha o deixou no banco, mas o time adversário o chamou para jogar. Resultado: Zé Paulo entrou em campo, fez dois gols e garantiu a vitória da comunidade vizinha. Até hoje os mais velhos contam essa história.
A vida também teve dureza. Ele se aposentou como mineiro de fluorita, profissão cheia de riscos, e viu colegas perderem a vida ou se ferirem em explosões.
Hoje, aos 75 anos, Zé Paulo é prova viva de superação. Tem esposa, filhos, netos e uma família que o adora.
Onde ele está, não faltam risadas e alegria. Confira nossa conversa pelo registro:
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