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SEGURANÇA
26/06/2025 07h13

Homem vai preso após ameaçar companheira e descumprir medida protetiva

Determinação teve início após hospital encaminhar informações sobre agressões contra a vítima, que estava grávida

A 2ª Promotoria de Justiça da comarca de Tubarão obteve na Justiça uma medida protetiva de urgência que determinou o afastamento do agressor de um lar na última semana, visando a segurança de uma mulher e seus filhos que sofriam com violências domésticas.


No entanto, o homem retornou à residência, ameaçou a companheira e acabou preso em flagrante nesta semana, após a ação da Polícia Militar.


No local, também foram apreendidas substâncias semelhantes a entorpecentes, atribuídas a ele.


A medida protetiva havia sido requerida pelo MPSC, mesmo sem pedido formal da vítima, diante da gravidade da situação de risco e da vulnerabilidade constatada pela rede de proteção, formada pelo Conselho Tutelar e pelo Creas.


A mulher, mesmo submetida a episódios reiterados de agressões físicas e ameaças, relutava em denunciar formalmente por medo do agressor.

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Assim, o Ministério Público, amparado no artigo 19 da Lei Maria da Penha, atuou de forma proativa para requerer a medida ao Poder Judiciário, que deferiu o afastamento do agressor do lar e impôs restrições de contato com a vítima e seus familiares. 


Apesar da decisão judicial, o homem descumpriu as determinações e retornou ao convívio da família, voltando a ameaçar a companheira.


A situação foi identificada pela Rede Catarina de Proteção à Mulher, da Polícia Militar, que, ao ser acionada, compareceu ao local e efetuou a prisão.


Durante a diligência, os policiais também encontraram substâncias semelhantes a entorpecentes na posse do homem, levando à autuação dele por suposto crime de tráfico de drogas. 


A atuação do Ministério Público teve início a partir de informações encaminhadas pelo Conselho Tutelar à 3ª Promotoria de Justiça de Tubarão, com atribuição na área da infância e juventude, após o recebimento de um aviso de maus-tratos emitido pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição.


O comunicado relatava que a vítima, então grávida, havia sido internada para assistência ao parto com quadro agravado pela ausência de exames durante a gestação, devido às supostas agressões físicas e comportamento violento do companheiro. 


No atendimento feito pelo Conselho Tutelar e pelo Creas, a mulher relatou ter sido agredida física e psicologicamente durante toda a gravidez, além de viver sob constantes ameaças de morte e restrições impostas pelo agressor.


O núcleo familiar se encontrava em vulnerabilidade socioeconômica, com episódios de privação alimentar e ausência de acesso a serviços de saúde e acompanhamento psicológico. 


Relatórios da rede de proteção revelaram que a vítima camuflava os episódios de violência por medo de represálias e que o agressor chegou a impedir o atendimento de profissionais em visita domiciliar. 


Familiares próximos também confirmaram a intensificação da violência nos últimos meses e relataram temor por suas próprias vidas caso tentassem intervir. 


Diante da constatação do esgotamento dos recursos extrajudiciais da rede e da permanência do risco iminente à vida da mulher e de seus filhos, a 2ª Promotoria de Justiça propôs a concessão de medidas protetivas de urgência, fundamentadas no artigo 22 da Lei Maria da Penha. 


Além da atuação na área de violência doméstica, a 3ª Promotoria de Justiça de Tubarão ajuizou ação de proteção em favor dos filhos do casal, que estão sob acompanhamento da rede de proteção desde março. 


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