O corpo da mulher não é uma máquina que funciona só com o botão do desejo.
Há um fio secreto que liga a mente ao coração, e é nele que a eletricidade do prazer circula. Quando esse fio se rompe — por descuido, mentira, desatenção ou frieza — a luz se apaga.
Muitos homens não entendem por que ela se afasta da cama depois de ter se afastado do abraço. Mas é simples: o sexo, para a mulher, não é apenas pele; é confiança, é entrega. É saber que o corpo dela repousa em mãos que não vão soltar no primeiro tropeço.
Ela pode até fingir, se esforçar, mascarar, mas o corpo não mente. O corpo dela guarda ressentimentos como fechaduras guardam chaves perdidas. E sem a chave certa, não há porta que se abra.
Não é frescura, é proteção.
Não é recusa, é instinto.
O desejo feminino nasce da segurança de ser amada e cuidada, não da ilusão de estar disponível a qualquer preço.
Homens que querem amantes intensas precisam ser parceiros leais. Porque uma mulher decepcionada emocionalmente não é só uma mulher triste: é uma mulher com o interruptor invisível desligado. E até que ela volte a confiar, nenhuma faísca reacende.
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