O prejuízo causado pelo crime pode passar dos R$ 300 mil
Com 70 anos de história, a empresa Jucil Alimentos, de Tubarão, precisou parar as atividades após ter toda a fiação elétrica furtada. Segundo a proprietária, Raquel Schmitz de Aguiar Fernandes, o prejuízo causado pelo crime pode passar dos R$ 300 mil.
Raquel relatou ao jornal Diário do Sul que o crime foi cometido durante o feriado da Proclamação da República. O furto foi notado pela empresária e pelos funcionários no retorno ao trabalho. “É difícil mensurar qual a quantidade de fiação que foi levada, mas eles furtaram os fios de toda a empresa e até da nossa subestação. Só sobrou mesmo o transformador. Desde então, estamos parados”, explicou a empresária.
A suspeita é de que os criminosos tenham arrombado uma das portas para invadir o local e, depois, carregaram algum veículo com o material na área onde fica a expedição. “É o local que chamaria menos atenção. Acreditamos que eles tenham planejado e demorado para praticar o crime. A empresa conta com câmeras e alarmes, mas elas não funcionaram, talvez porque eles cortaram o sistema. Quem entrou e furtou é gente que entende”, relatou Raquel.
Assim que soube do crime, a empresária procurou a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência. Segundo ela, os trabalhos na fábrica poderão retornar assim que a perícia for realizada. Até lá, os 15 funcionários e toda a produção seguem parados. Sem funcionar, a Jucil deixa de produzir quatro mil quilos de macarrão e mil quilos de biscoito por dia, detalhou a proprietária.
“Alguns dos cabos que usamos custaram até R$ 100 o metro. Assim que pudermos retornar, vamos tentar ligar o forno dos biscoitos ou outra máquina que exija menos recursos para colocar tudo em ordem e voltar a produzir. Foi um ano bastante difícil para nós e muitos setores e agora vem começo de ano, com gastos extras. Isso dificulta bastante”, aponta Raquel.
Polícia investiga caso
A Polícia Civil informou que há um inquérito em andamento sobre o furto e as investigações prosseguem. “Mas é muito difícil a recuperação dessa fiação, uma vez que quem recepta esse tipo de material são geralmente ferros-velhos. E após eles colocarem os fios furtados entre os demais, torna-se quase impossível individualizar qual é o de origem lícita e o de origem ilícita”, explica o delegado Bruno Martins, responsável pelo caso.
Ainda segundo a polícia, em muitos casos, a fiação é furtada por usuários que, depois, vendem o material para adquirir drogas.
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