Mais de 527 mil alunos voltam às aulas na rede estadual de SC nesta quinta
Depois de quase um ano sem aulas presenciais com os alunos nas escolas públicas catarinenses, por conta da pandemia de covid-19, o dia 18 de fevereiro de 2021 vai marcar o retorno de estudantes às unidades da rede estadual de ensino.
Novas regras de convívio para prevenção da doença foram estabelecidas, e o ensino remoto continuará sendo uma opção para os pais que preferirem manter os filhos em casa.
Mas de acordo com a representante do Sinte/SC em Tubarão, Tânia Fogaça, em entrevista ao jornal Diário do Sul, as condições de estrutura das escolas não estão preparadas para esse retorno das aulas presenciais. “Há escolas que não têm servente, logo quem vai fazer a faxina e a higienização?”.
Além disso, ela acredita que o ensino totalmente remoto deveria permanecer até junho. “É um risco para todos esse retorno. A vacina já foi aplicada em todos os grupos de risco da comunidade escolar? Não. Colocaram a educação como serviço essencial, mas na hora da vacinação não somos prioridade. Sem contar o fato de estarmos na linha de frente. Há professores que trabalham em duas, três escolas. Agora, imagina o risco para esse docente ao estar em salas de aula com crianças, adolescentes e jovens. O risco aumenta”, ressalta.
O que diz o governo do Estado
Para atender pais e alunos tanto do ensino presencial quanto do remoto, as escolas da rede estadual de ensino passaram por uma série de adaptações e reforços dos protocolos de prevenção à covid-19. As atividades serão desenvolvidas em modalidades 100% presenciais, mistas e 100% remotas.
O maior número de alunos terá aulas no modelo misto, com alternância dos grupos que frequentam a escola, sendo dividido em dois momentos: o “tempo escola”, que consiste no atendimento presencial na unidade escolar, com turmas subdivididas em grupos; e no “tempo casa”, que consiste em atividades na plataforma digital Google Classroom ou por meio da retirada das atividades impressas.
“Estamos trabalhando para garantir uma retomada presencial segura e democrática, baseada em três pilares: estrutura física, de pessoal e equipamentos de proteção individual. Se em alguma escola essas três condições não forem atendidas, naquela unidade o retorno será no modelo remoto”, explica o secretário de Estado da Educação, Luiz Fernando Vampiro.