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SAÚDE
09/06/2021 18h58

Anvisa autoriza testes da Butanvac em humanos

Nova vacina contra covid-19 será totalmente produzida no Brasil pelo Butantan. Segundo agência, pesquisa clínica será feita com 6 mil voluntários

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu nesta quarta-feira (9) a autorização para a pesquisa clínica da vacina contra a Covid-19 ButanVac, do Instituto Butantan.


"Esta será a primeira vez que a ButanVac será aplicada em humanos e por isso serão conduzidas as fases clínicas 1 e 2. Para a autorização do estudo clínico a Anvisa e Butantan realizaram ao longo dos últimos dois meses uma intensa troca de informações e de reuniões com objetivo de que todos os aspectos do estudo estivessem claros e com garantias de segurança aos voluntários", informou a Anvisa.

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De acordo com Anvisa, os testes de fase 1 e 2 serão divididos em três etapas. "Neste momento, está autorizada a etapa A do estudo, que vai envolver 400 voluntários. Ao todo, a fase clínica 1 e 2 tem previsão de 6 mil voluntários com 18 anos ou mais", explicou a Anvisa.


Ainda de acordo com a Anvisa, a vacina será aplicada com duas doses em um intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda dose. O estudo deve ser realizado no Hospital das Clínicas (FMUSP) e no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.


A ButanVac, primeira vacina contra a Covid-19 produzida no Brasil sem que seja necessária a importação de matéria-prima, já foi testada em animais e aguardava a autorização para a realização dos testes em humanos.


A expectativa é que um total de 18 milhões de doses esteja pronto ainda neste mês, e mais 40 milhões até o fim do ano. No entanto, esta meta é considerada irreal por alguns especialistas, uma vez que o novo imunizante nem sequer foi testado em humanos até o momento.


Os insumos básicos da vacina são ovos de galinha, frascos e embalagens, os mesmos usados para fazer a vacina da gripe. Estima-se que cada ovo tenha material suficiente para produzir duas doses de vacina.


Em cada ovo é injetada uma pequena quantidade do vírus da "doença de Newcastle", um mal aviário que é inofensivo em humanos. Esse vírus foi geneticamente modificado para receber a estrutura do coronavírus e estimular a produção de anticorpos contra a Covid-19 no organismo humano.


A técnica, em tese, permitiria a produção de vacinas ainda mais eficazes contra as novas variantes do coronavírus, uma vez que se pode escolher de qual cepa será retirada a proteína do vírus.


O trabalho com os ovos também permitiria a independência de importação de insumos da Índia e da China, barateando e acelerando a produção de um imunizante.


Como agora já existem vacinas disponíveis e comprovadas contra a Covid-19, a ButanVac precisará ter sua eficácia testada em relação a esses imunizantes.

G1 | Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
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