O Irã, sozinho, não tem potência para se envolver em um conflito tão grande
O professor de Relações Internacionais da FMU (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas) Manuel Furriela descartou a possibilidade de que uma Terceira Guerra Mundial vá acontecer. Nesta sexta-feira (3), após a notícia de que, por ordem de Donald Trump, os Estados Unidos atacaram e mataram Qassem Soleimani (foto), principal general do Irã, hashtags sobre uma nova guerra dominaram as redes sociais do Brasil e do mundo.
Furriela, no entanto, ressaltou que não há motivo para pânico, uma vez que o Irã, sozinho, não tem potência para se envolver em um conflito tão grande. “Uma Guerra Mundial deveria envolver potências. O Irã é uma potência importante na região, é uma potência regional, assim como o Brasil é na América do Sul – e rivaliza com outras potências regionais, como a Arábia Saudita. Então não vai ter uma Terceira Guerra Mundial por conta disso: o Irã teria que trazer uma série de apoios de outros países para que houvesse esse tipo de confronto”, afirma.
“Esse seria um confronto entre várias correntes do mundo, mas o irã não representa uma corrente, mas sim a si próprio e a alguns grupos religiosos dentro de vários países, como o Iraque. Então você não vai ter um conflito desse tamanho, não há como se construir algo desse gênero”, analisa.