A justificativa é de que é preciso proteger propriedade intelectual americana e informações pessoais dos cidadãos
O departamento de Estado dos Estados Unidos confirmou que ordenou que a China feche seu consulado em Houston, no Texas. A resposta foi imediata: Pequim afirmou que tomará medidas firmes em resposta, a não ser que a decisão seja revertida imediatamente. É o movimento mais incisivo contra os chineses tomado pelo governo de Donald Trump após uma sucessiva escalada nas ameaças nos últimos meses.
Morgan Orgatus, a porta-voz do departamento de Estado americano, afirmou que o fechamento do consulado foi ordenado para “proteger propriedade intelectual americana e informações pessoais de seus cidadãos”. Segundo Orgatus, a Convenção de Viena, que rege a postura de corpos diplomáticos, afirma que eles têm o dever de não interferir em assuntos internos dos países. Orgatus disse ainda que Washington não vai tolerar que a China intimide os cidadão americanos, assim como não tolera práticas comerciais injustas, roube empregos americanos e adote outros comportamentos condenáveis
Wang Wenbin, porta-voz do ministério das relações exteriores da China, afirmou que a ordem americana é “uma provocação unilateral”. “A China demanda que os Estados Unidos imediatamente recuem de sua decisão errática, ou a China tomará medidas legítimas e necessárias como resposta”. A ordem de fechamento do consulado, segundo a China, teria que ser cumprida em até 72 horas.
Segundo o jornal The Wall Street Journal, bombeiros e policiais foram chamados na noite de terça-feira (21) após chamadas apontarem chamas vistas dentro do consulado de Houston. Imagens aéreas mostraram o que parecia ser pessoas queimando documentos dentro da propriedade chinesa, numa possível reação à ordem americana de saída.