O prefeito de Pedras Grandes, Agnaldo Filippi, informou que irá buscar a retratação e reparação
Reportagens publicadas na Itália têm repercutindo na região nos últimos meses. As matérias denunciam uma suposta seita que engravida mulheres para extorquir cidadão italianos no Brasil e citam pessoas e entidades de Tubarão, Pedras Grandes e Treze de Maio, por exemplo.
Entre os envolvidos estariam o padre Nivaldo Antonio Ceron, o Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), médicos, enfermeiras, a Comunidade Filhos de Maria, de Pedras Grandes, e o Castelo Belvedere, em Treze de Maio.
“As reportagens criam uma narrativa fantasiosa afirmando que existe uma organização criminosa que tem por trás o padre Nivaldo, que daria suporte para uma Casa de Oração localizada em Pedras Grandes, onde funcionaria uma espécie de seita que, através de um ‘guru espiritual’, fornece sêmen para engravidar mulheres com o intuito de achar, nesse meio-tempo, estrangeiros para imputar a paternidade e faturar com isso. Caso isso não dê certo, então que essas crianças seriam vendidas lá para a Itália”, explica o prefeito de Pedras Grandes, Agnaldo Filippi.
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“É uma história completamente fantasiosa, absurda. A narrativa ainda conecta Pedras Grandes e questiona o interesse do município em ter um pacto de amizade com a cidade de Belluno, na Itália. Eles citam ainda o cemitério da imigração, a réplica da Torre de Pisa, e dão a entender que o município teria uma organização criminosa que fatura milhões com essa prática”, detalha o prefeito.
O prefeito informou que vai ingressar com uma ação na Justiça “para que esse canalha prove aquilo que está dizendo”.
Ainda segundo o prefeito, o caso teve início após o relacionamento entre um advogado italiano e uma mulher de Tubarão, o qual resultou em uma gravidez e uma ação judicial contra o homem para reconhecer a paternidade da criança.
No processo judicial, o advogado não aceitou os resultados de DNA e os desfechos da Justiça brasileira, vindo a promover uma investigação particular, criando uma série de calúnias contra pessoas e entidades da região.
Em nota, o padre Nivaldo Antonio Ceron afirmou "que não existe uma vírgula de verdade em toda essa história" e que já foram adotadas as medidas jurídicas cabíveis, "visando a remoção das notícias falsas e a responsabilização dos envolvidos nesse crime".
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