O maior impacto será para consumidores residenciais, rurais e comércio
A energia elétrica distribuída pela Celesc ficará mais cara a partir do próximo sábado (22). Para os consumidores residenciais, rurais, iluminação pública e comércio, atendidos em baixa tensão, que representam 79% do mercado consumidor, o reajuste médio será de 8,42%. Para indústrias e unidades comerciais de grande porte, como shopping centers, atendidos em alta tensão, o efeito médio será de 7,67%.
"Este reajuste próximo a 8%, neste momento em que a sociedade sofre as severas consequências da pandemia da covid-19, é um golpe doloroso e difícil de suportar, especialmente para as populações carentes e as empresas mais frágeis", avalia o presidente da Câmara de Energia da Federação das Indústrias de Santa Catarina, Otmar Müller. Ele salienta que o reajuste é compreensível sob os pontos de vista econômicos, legal e de segurança jurídica e tem entre as causas a desvalorização do real frente ao dólar, afetando os preços da energia que vem de Itaipu.
O valor do aumento seria de 15,52% originalmente, em razão de impactos decorres de itens não gerenciáveis pela distribuidora, tais como elevação de custos com encargos setoriais, aquisição de energia, com destaque para a compra de energia da usina de Itaipu precificada em dólar, e pelos custos com transmissão de energia. Entretanto, o empréstimo da Conta-Covid - ferramenta disponibilizada pelo Ministério de Minas e Energia - proporcionou amortecimento dos índices de reajuste a serem percebidos nas contas dos consumidores catarinenses.