Doença sem cura foi registrada nos bairros Pouso Alto e Indaial, em Gravatal
Após a confirmação de dois casos de raiva bovina em propriedades rurais de Gravatal, nos bairros Pouso Alto e Indaial, a Vigilância Epidemiológica do município intensificou as medidas de prevenção, realizando bloqueio vacinal nas áreas de risco.
De acordo com Rafaela Zanelato Fernandes, técnica da Vigilância Epidemiológica, a imunização de animais de grande porte deve ser realizada pelos próprios proprietários com o auxílio de equipes especializadas.
Já para animais de pequeno porte, a vacinação preventiva é aplicada pela equipe do município em um raio de 300 metros a partir do local onde a doença foi identificada. O objetivo é evitar novos casos e reduzir riscos à saúde humana.
A raiva é uma doença viral que acomete principalmente bovinos, equinos e morcegos, mas que também pode ser transmitida a pessoas. Entre os sinais em animais estão isolamento, salivação excessiva, dificuldade para engolir, agressividade ou apatia.
A enfermidade é letal e não possui cura, levando os animais à morte em poucos dias. Rafaela recorda que, em 2019, houve um caso de óbito por raiva humana no bairro Indaial, transmitido por meio de um gato.
Segundo a técnica, o bloqueio vacinal é a estratégia mais eficaz para conter a propagação da doença. Além da imunização, a equipe orienta sobre a importância de manter a vacinação em dia, isolar animais doentes e adotar cuidados para evitar o contato com pessoas e outros animais.
Até o momento, 50 cães e gatos, incluindo animais de rua, já receberam a vacina e a ação segue nos próximos dias, respeitando os perímetros definidos.
O secretário de Agricultura de Gravatal, Antônio da Silva da Silveira, reforça que a raiva ainda representa um desafio para o setor agropecuário.
“O bloqueio vacinal protege o rebanho e contribui para a saúde pública. A conscientização e a ação rápida dos produtores são fundamentais”, destacou.
A raiva é transmitida pela saliva de animais infectados, por meio de mordidas, arranhões ou lambeduras, e ataca o sistema nervoso central. Sem cura conhecida, a única forma de prevenção é a vacinação.
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