Crime chocou população de Tubarão em 2014. Mãe é a principal suspeita e segue desaparecida
Passados dez anos do assassinato brutal da menina Carol Seidler Calegari, a jornalista tubaronense Silvana Mendes Lucas lançará um livro-reportagem sobre os fatos que envolveram o crime da menina de sete anos e o desaparecimento da sua mãe.
O caso aconteceu na semana do Natal de 2014, em Tubarão, chocando a população e movimentando as autoridades policiais da cidade.
A menina primeiramente foi dada como desaparecida e depois teve o corpo, com sinais de violência, encontrado em um quartinho, numa caixa de papelão, nas primeiras horas do dia 23 de dezembro.
A mãe da criança, Silvana Seidler, desapareceu logo após ir à delegacia na noite anterior. Ela, um parente e o ex-marido foram ao órgão de polícia justamente depor sobre o desaparecimento de Carol, em meio a versões desencontradas dos fatos.
Até hoje ninguém mais teve notícias de Silvana, que acabou sendo indiciada pelo assassinato da menina e é, inclusive, procurada pela Interpol.
A jornalista Silvana, que à época dos acontecimentos era repórter do jornal Notisul e acompanhou bem de perto o caso, está produzindo um rico material jornalístico sobre tudo o que envolveu, e ainda envolve, esta intrigante história.
Leitora contumaz, especialmente do estilo “jornalismo literário”, Silvana tem se dedicado a transformar a história real que até hoje chama a atenção dos catarinenses em um livro-reportagem que será lançado no segundo semestre de 2024.
“Este material é resultado de muito trabalho de pesquisa, de entrevistas, em sua maioria de fontes primárias, de observações e de muita leitura. Foram muitas matérias, que acompanhei, redigi e publiquei extensivamente ao longo dos meses que se seguiram à partida de Carol. Além disso, meu gosto pela literatura, mais especificamente o “true crime”, e a receptividade de familiares dos envolvidos, autoridades policiais e colegas de profissão, me ajudaram a ter as bases necessárias para contar essa história”, diz Silvana.
“Em nenhum momento, nas páginas do trabalho, algo foi por mim inventado. Não pretendo provar coisa alguma. Este é um trabalho escrito por uma jornalista. Inclusive, familiares da menina Carol, maternos e paternos, que aceitaram falar, e as autoridades da segurança pública têm seus nomes verdadeiros citados, já outros personagens são apresentados com pseudônimos, até porque o caso ainda não está encerrado e as investigações continuam”, esclarece a autora.
O livro será lançado pela editora I Livro You, de Tubarão, tendo como editor o escritor Ramires Linhares e o acompanhamento de outros profissionais da área jurídica e literária.
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