O atacante do Flamengo teria apostado que ele próprio levaria cartão amarelo em uma partida
O jogador Bruno Henrique, do Flamengo, foi alvo de operação contra manipulação de resultados, nesta terça-feira (5). Agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do jogador e no Ninho do Urubu, centro de treinamento do clube.
A investigação aponta que Bruno Henrique teria tomado um cartão amarelo de propósito, em novembro do ano passado, em partida do Flamengo contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro.
Ele levou amarelo aos 50 minutos do segundo tempo, reclamou do cartão de forma acintosa e foi imediatamente expulso. O Flamengo perdeu por 2 a 1.
As empresas apontaram que houve fluxo incomum de apostas no cartão de Bruno Henrique, e que, a maioria das contas eram novas, abertas em até 24 horas antes de as apostas terem sido realizadas. Além disso, a maioria era de Belo Horizonte, cidade natal do jogador.
Entre os valores identificados de apostas para Bruno Henrique tomar cartão no jogo, estão os seguintes:
- R$ 3.050,00 para ganhar R$ 9.150,00 (lucro de R$ 6.100,00)
- R$ 2.300,00 para ganhar R$ 7.000,00 (lucro de R$ 4.700,00)
- R$ 1.500,00 para ganhar R$ 4.550,00 (lucro de R$ 3.050,00)
Isto não quer dizer que estes sejam os totais dos valores envolvidos no caso.
Segundo a diligência conduzida pela Polícia Federal, dados obtidos com três casas de apostas apontaram que parentes de Bruno Henrique apostaram que ele seria punido com o cartão e se beneficiaram. Há um outro grupo que ainda está sendo investigado. O jogador acabou expulso no lance.
Entre os parentes de Bruno Henrique que são alvo da apuração, estão o seu irmão, Wander Nunes Pinto Junior; a cunhada Ludymilla Araujo Lima; e a prima Poliana Ester Nunes Cardoso.
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