Tem gente que acredita que amar é se fundir. Que o verdadeiro amor mora na dependência, no “nós” tão apertado que não cabe mais o “eu”. Mas não é bem assim. Amor de verdade é quando a gente continua se encontrando — mesmo enquanto se entrega ao outro.
Você só estará vivendo um amor de verdade quando deixar de morrer de saudade de ficar sozinho.
Porque sim, é possível amar intensamente e, ainda assim, sentir falta do silêncio, do café com a própria companhia, da liberdade de não explicar nada pra ninguém.
Só que quando o amor é bom, a solidão deixa de ser um refúgio — e vira uma escolha ocasional, não uma fuga necessária.
No amor de verdade, você não sente que está se perdendo pra caber.
Você se encaixa sem deixar de ser inteiro.
Não precisa abrir mão dos seus silêncios, dos seus rituais, do seu tempo.
Pode ler um livro em paz sem o outro achar que é desinteresse.
Pode ficar em silêncio sem parecer que está se afastando.
Pode sair sozinho e voltar com saudade — não com culpa.
Quando o amor é verdadeiro, você não precisa mais desejar a solidão como uma salvação.
Porque o que antes era ausência de barulho, agora é presença que acolhe.
É companhia que não pesa.
É afeto que não sufoca.
É vínculo que liberta.
E então você entende: o amor não chegou pra tomar seu lugar, mas pra caminhar ao seu lado.
E você não precisa mais morrer de saudade de ficar sozinho…
Porque finalmente encontrou alguém com quem é possível estar junto — sem deixar de ser você.
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